Célia Xakriabá participou ativamente de 12 das 16 reuniões realizadas pela comissão, o que demonstra seu engajamento e comprometimento com a temática em questão. A substituição ocorreu após o presidente da Câmara, Hugo Motta, enviar um ofício ao STF informando a troca de Mosquini por Silvia para representar a Casa na comissão.
Em nota, a deputada explicou que, apesar de ocupar a posição de suplente, ela solicitou assumir a titularidade devido à sua presença significativa nas reuniões, em contrapartida ao titular que compareceu a apenas duas sessões. Além disso, destacou que a deputada Silvia Waiãpi não participou de nenhuma reunião, o que reforça a sua contestação em relação à substituição.
Para Célia Xakriabá, a troca representa um desrespeito à sua atuação e à representação dos povos indígenas, considerando a importância do tema em discussão. A deputada ressaltou a gravidade da situação, comparando-a a métodos coloniais, patriarcais e divisionistas utilizados no passado.
A comissão de conciliação foi convocada pelo ministro Gilmar Mendes e visa discutir a questão do marco temporal, que estabelece os direitos dos indígenas em relação às terras que ocupavam até a data da promulgação da Constituição Federal em 1988. A decisão sobre esse tema tem gerado controvérsias e descontentamentos entre os povos indígenas e as entidades que os representam.
A atuação da deputada Célia Xakriabá e a sua crítica à sua substituição demonstram a importância do debate em torno dos direitos indígenas e da necessidade de garantir a representatividade adequada nas discussões sobre essa pauta crucial para a sociedade brasileira.