As investigações indicam que Zambelli foi a mentora da invasão, buscando emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Moraes. A execução do hackeamento foi realizada por Walter Delgatti, que confirmou ter agido sob o comando da deputada. Com o pedido de extradição já formalizado pelo governo brasileiro no dia 11 de junho, o futuro de Zambelli agora dependerá da Justiça italiana e da legislação local. Autoridades italianas deverão decidir se ela permanecerá detida enquanto o processo de extradição está em andamento, o que pode ser um processo moroso, dada a complexidade e os trâmites envolvidos.
O ministro Moraes assegurou que, caso a extradição seja aprovada, Zambelli não enfrentará punições por fatos anteriores ao pedido, além de garantir que ela não subjetará a penalidades severas ou tratamentos desumanos. A Câmara dos Deputados também está monitorando a situação da parlamentar, que pode perder seu mandato por ausência prolongada e ainda enfrenta um processo de cassação por parte de seus pares.
Enquanto isso, a defesa de Zambelli alega que a deputada se entregou às autoridades na Itália para colaborar com as investigações, buscando um julgamento imparcial e evitando a extradição. No entanto, a versão da defesa é contestada por autoridades italianas, que afirmam ter sido informadas sobre sua localização por um deputado local.
Esse desenrolar de eventos em torno de Carla Zambelli traz à tona discussões sobre questões de legalidade, política e as complexas relações diplomáticas entre o Brasil e a Itália. A situação é inédita e levanta questões importantes sobre a atuação de parlamentares que enfrentam graves acusações e como isso pode impactar as estruturas legislativas e judiciais em ambos os países.