JUSTIÇA – Depoimentos do Núcleo 2 da Trama Golpista Começam em Julho com Testemunhas de Peso; Mauro Cid é Primeiro a Falar na Audiência.



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o dia 14 de julho o início dos depoimentos das testemunhas relacionadas à investigação sobre o segundo núcleo da trama golpista. As audiências ocorrerão por videoconferência e se estenderão até o dia 21 do mesmo mês. O cerne da acusação, liderada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), envolve figuras influentes ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os testemunhas convocados estão importantes personagens, como Filipe Martins e Marcelo Câmara, ambos ex-assessores do ex-presidente; Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal; Mário Fernandes, um general do Exército; e Marília de Alencar, que ocupou a subsecretaria de Segurança do Distrito Federal, além de Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-adjunto de Segurança local. Essas pessoas têm a obrigação de prestar esclarecimentos verídicos sobre os eventos que vivenciaram, já que estão na condição de testemunhas.

Um momento notável das audiências será o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que será o primeiro a depor na manhã do dia 14, atuando como delator. A sua convocação foi feita pela PGR, que está à frente da acusação. No dia subsequente, diversas testemunhas indicadas por Filipe Martins devem ser ouvidas, entre as quais se destacam os nomes do deputado federal Eduardo Bolsonaro, do vereador Carlos Bolsonaro e do senador Rodrigo Pacheco.

Além deles, o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e o tenente-brigadeiro do ar Baptista Júnior, ex-chefe da Aeronáutica, também figuram entre os convocados. Vale destacar que a defesa de Filipe Martins havia solicitado que o ex-presidente Jair Bolsonaro também fosse ouvido, mas o pedido foi negado por Moraes. O ministro alegou que não é permitido interrogar um corréu na condição de testemunha, uma decisão alinhada à jurisprudência do STF.

A investigação busca esclarecer a suposta organização de ações que visaram à “sustentação ilegítima” de Jair Bolsonaro no poder durante 2022, conforme apontado pela PGR. Com isso, a expectativa é que os depoimentos revelarem novos elementos sobre os desdobramentos deste cenário político conturbado que marcou o Brasil.

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