Segundo Tavares, o relatório, que foi protocolado no Ministério Público Federal, evidencia a persistência dos problemas na plataforma. O aumento de 19% no número de grupos e canais denunciados no segundo semestre do ano passado em relação ao primeiro semestre reforça a gravidade da situação. No Brasil, a comercialização e divulgação de imagens de abuso sexual infantil são consideradas crime de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Os dados divulgados pela SaferNet também apontaram um crescimento no número de usuários do Telegram envolvidos em grupos que compartilham conteúdo de exploração sexual infantil. A plataforma, que conta com mais de 1,4 milhão de usuários nesses grupos, tem sido alvo de críticas pela falta de moderação de conteúdo e descumprimento das leis brasileiras.
Além disso, o Telegram é líder em denúncias de pornografia infantil recebidas pela SaferNet, o que coloca em evidência a necessidade de ações mais efetivas por parte da plataforma. Mesmo com medidas adotadas pela empresa para coibir essas práticas ilegais, a moderação ainda é considerada falha pela organização.
Diante desse panorama preocupante, a SaferNet disponibiliza mecanismos para denúncias de abuso e exploração sexual infantil, tanto na Central Nacional de Denúncias quanto por meio do Disque 100. Além disso, o próprio Telegram possui recursos para reportar conteúdo criminoso, visando combater o compartilhamento de imagens de violência sexual infantil na plataforma.
Com a disseminação cada vez mais rápida de conteúdo ilegal na internet, é fundamental que medidas eficazes sejam adotadas para proteger as crianças e adolescentes e combater a exploração sexual online. A SaferNet reforça a importância da atuação conjunta de autoridades, empresas e sociedade civil para garantir a segurança e integridade dos usuários no ambiente virtual.