Um dos grupos mais radicais, conforme apontado por Cid, era composto pela primeira-dama Michele Bolsonaro, pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro e pelo então comandante da Marinha Almir Garnier Santos. Além disso, o general Mario Fernandes, o presidente do Partido Liberal (PL) Valdemar da Costa Neto, além dos senadores Magno Malta, Jorge Seif e Luis Carlos Heinze estavam entre os defensores da ruptura democrática.
Dentro desse grupo mais radical, surgiram propostas extremas, como a defesa de um golpe de Estado e da formação de um braço armado. A delação ainda menciona a criação de Clubes de Atiradores Desportivos e Colecionadores de Armas de Fogo (CACs) durante o governo Bolsonaro, destacando um aumento significativo no número de armas em acervos particulares.
Além disso, a delação revelou que o subgrupo menos radical entre os radicais buscou, sem sucesso, encontrar elementos concretos de fraude nas urnas eletrônicas. A tentativa, inclusive, de convencer Bolsonaro a ordernar a realização de testes de integridade em urnas eletrônicas sem autorização judicial foi rejeitada pelo ex-presidente.
Outras informações impactantes incluem a elaboração de um documento por Filipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro, que propunha a prisão de autoridades que se opunham ao ex-presidente, como ministros do Supremo Tribunal Federal e o então presidente do Senado.
Diante dessas revelações, as defesas dos envolvidos se manifestaram, negando as acusações e destacando a falta de provas concretas. A polêmica em torno do tema envolve perseguições políticas, narrativas vazias e a busca pela verdade em meio a um cenário conturbado.
A reportagem continua em busca de manifestações dos demais citados e mantém a imparcialidade ao proporcionar espaço para o contraditório e a busca pela verdade dos fatos.