No ano anterior, quando ainda pertencia ao Podemos, Moro realizou atos visando uma possível candidatura à Presidência da República. Segundo as acusações, os investimentos financeiros realizados durante sua filiação à legenda e contratação de serviços como produção de vídeos foram considerados “desvantagem ilícita” em relação aos demais concorrentes ao cargo de senador, após sua mudança para o União Brasil.
O advogado de defesa, Gustavo Guedes, alega que Moro não se elegeu no Paraná devido à suposta pré-campanha mais robusta, conforme afirmam os partidos que o acusam. Guedes rejeitou as acusações de caixa 2, destacando que não houve irregularidades nas eleições. Argumentou, também, que a tese de abuso na pré-campanha foi criativa e inflou os valores dos gastos.
Durante o julgamento no TRE, a próxima etapa será a manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE), seguida pela abertura da votação e pronunciamento do relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, além de mais seis magistrados aptos a votar. Caso não haja conclusão nesta sessão, o tribunal reservou mais duas datas para dar prosseguimento ao julgamento nos dias 3 e 8 de abril.
O desfecho desse caso envolvendo Sergio Moro mantém a atenção da opinião pública, considerando sua relevância política e o histórico do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. A decisão do TRE do Paraná poderá impactar não apenas o mandato de Moro, mas também o cenário político do estado e do país como um todo.