JUSTIÇA – [Defesa de réu acusado de atos golpistas pede absolvição ao STF, ministro rebate advogado por discurso de ódio.

No julgamento do segundo réu pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, a defesa de Thiago de Assis Mathar pediu a sua absolvição pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Thiago é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes, incluindo associação criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

De acordo com o advogado Hery Waldir, seu cliente estava “manifestando pacificamente” durante os protestos. Segundo a defesa, Thiago não participou da depredação do Palácio do Planalto e entrou no prédio apenas para se abrigar. O advogado ressaltou que não se pode colocar todos os manifestantes no mesmo grupo, afirmando que existem bandidos que depredaram o patrimônio público, mas nem todos agiram dessa forma.

Após a manifestação da defesa, o julgamento continuou com a tomada de votos dos ministros. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar. Em seu voto, Moraes rebateu as falas do advogado de defesa, acusando-o de fazer um “discurso para postar nas redes sociais”. O ministro criticou a postura de Hery Waldir e insinuou que ele estaria buscando ganhar visibilidade política para as eleições do próximo ano.

É importante destacar que o réu Thiago de Assis Mathar foi preso no Palácio do Planalto pela Polícia Militar e continua detido no presídio da Papuda, no Distrito Federal. A acusação da PGR contra ele é grave e envolve diferentes crimes, como a tentativa de golpe de Estado e o dano qualificado pela violência e grave ameaça. Apesar da defesa alegar que ele estava apenas se manifestando pacificamente, cabe ao STF analisar todas as provas e depoimentos para tomar uma decisão justa.

O julgamento do réu Thiago de Assis Mathar é um importante marco no processo de responsabilização pelos atos golpistas ocorridos em janeiro deste ano. O STF tem a responsabilidade de analisar os fatos de forma imparcial e fundamentada, garantindo o direito à defesa e a devida punição a todos que tenham cometido crimes nesse contexto. A sociedade espera uma resposta firme e justa por parte da mais alta instância do Judiciário.

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