JUSTIÇA – “Defesa de General Mário Fernandes pede absolvição em julgamento sobre plano golpista que envolveu ex-presidente Bolsonaro e violência contra autoridades”

Na mais recente sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o general do Exército Mário Fernandes, um dos seis réus do núcleo 2 de uma complexa trama golpista, teve sua defesa pleiteando a absolvição durante os debates. O general, que exerceu o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, enfrenta sérias acusações ligadas a planejamentos de ações violentas contra autoridades brasileiras.

Conforme os relatos da Polícia Federal, Fernandes é apontado como o autor de um documento controverso intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que supostamente delineava estratégias de sequestro e homicídio dirigidas a figuras proeminentes, entre elas o ministro Alexandre de Moraes e os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Essa documentação e sua criação foram discutidas em um contexto de afirmações alarmantes, onde o general teria mencionado, em gravação enviada ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que o ex-presidente teria dado seu aval para um potencial golpe até o último dia de seu mandato, dia 31 de dezembro de 2022.

O advogado de Fernandes, Marcos Vinicius Figueiredo, refutou as acusações, destacando que seu cliente não teve envolvimento direto nas condutas que visassem “aniquilar” as autoridades citadas. Figueiredo também contestou a versão de que o documento crítico teria sido impresso e apresentado a Bolsonaro no Palácio da Alvorada, afirmando que “de fato, esse documento não existiu” e que sua existência poderia ser considerada uma mera teoria.

A análise da defesa está ocorrendo enquanto o tribunal continua ouvindo os argumentos dos advogados dos outros réus, que enfrentam acusações igualmente graves. Os indivíduos implicados, incluindo Filipe Martins, Marcelo Câmara, Silvinei Vasques, Marília de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira, são acusados de diversos crimes, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e outros delitos relacionados à tentativa de desestabilização do governo.

O desfecho desse julgamento promete ser um marco significativo na política e na segurança nacional do Brasil, à medida que detalhes sobre o envolvimento de altos escalões militares e políticos emergem, gerando um intenso debate sobre ética, legitimidade e as fronteiras da política no país.

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