Conforme os relatos da Polícia Federal, Fernandes é apontado como o autor de um documento controverso intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que supostamente delineava estratégias de sequestro e homicídio dirigidas a figuras proeminentes, entre elas o ministro Alexandre de Moraes e os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Essa documentação e sua criação foram discutidas em um contexto de afirmações alarmantes, onde o general teria mencionado, em gravação enviada ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que o ex-presidente teria dado seu aval para um potencial golpe até o último dia de seu mandato, dia 31 de dezembro de 2022.
O advogado de Fernandes, Marcos Vinicius Figueiredo, refutou as acusações, destacando que seu cliente não teve envolvimento direto nas condutas que visassem “aniquilar” as autoridades citadas. Figueiredo também contestou a versão de que o documento crítico teria sido impresso e apresentado a Bolsonaro no Palácio da Alvorada, afirmando que “de fato, esse documento não existiu” e que sua existência poderia ser considerada uma mera teoria.
A análise da defesa está ocorrendo enquanto o tribunal continua ouvindo os argumentos dos advogados dos outros réus, que enfrentam acusações igualmente graves. Os indivíduos implicados, incluindo Filipe Martins, Marcelo Câmara, Silvinei Vasques, Marília de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira, são acusados de diversos crimes, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e outros delitos relacionados à tentativa de desestabilização do governo.
O desfecho desse julgamento promete ser um marco significativo na política e na segurança nacional do Brasil, à medida que detalhes sobre o envolvimento de altos escalões militares e políticos emergem, gerando um intenso debate sobre ética, legitimidade e as fronteiras da política no país.










