JUSTIÇA – Defesa de ex-ministro Paulo Sergio Nogueira recorre ao STF para reavaliar condenação de 19 anos na trama golpista, apontando erro no cálculo da pena.

Os advogados do ex-ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, protocolaram um novo recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, dia 24, contestando a condenação imposta a ele no âmbito da ação penal relacionada à tentativa de golpe. Nogueira, um general da reserva do Exército, foi sentenciado a cumprir 19 anos de prisão, mas sua defesa voltou a pleitear a absolvição, além de argumentar sobre um erro no cálculo da pena.

De acordo com os defensores do ex-ministro, caso a condenação seja mantida, a pena correta a ser estabelecida deve ser de 16 anos e quatro meses. Eles afirmaram que, apesar do conhecimento jurídico expresso no acórdão, alguns aspectos permanecem confusos e diversas questões levantadas nos pedidos de esclarecimento não foram devidamente analisadas. Esta alegação é parte fundamental do argumento apresentado, uma vez que busca reavaliar a fundamentação da decisão anterior.

O recurso apresentado aos magistrados será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, que atua como relator do caso. A situação de Nogueira é emblemática, pois está inserida em um contexto mais amplo de eleições e propostas de alteração no sistema democrático. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Nogueira por ter endossado críticas ao sistema eleitoral, além de ter incitado tentativas de golpe e elaborado um decreto destinado a angariar apoio de líderes militares.

Vale ressaltar que, no dia 14 deste mês, a Primeira Turma do STF confirmou a condenação não apenas de Nogueira, mas também do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros envolvidos na ação penal referente ao primeiro núcleo da conspiração. A publicação do acórdão intensificou a pressão sobre as defesas de Bolsonaro e seus aliados, que agora devem apresentar novos recursos a fim de evitar a prisão e o início do cumprimento das penas, com um prazo final determinado para hoje, às 23h59. A disputa jurídica se torna cada vez mais acirrada, e as implicações das decisões envolvem não apenas os réus, mas também a estabilidade política e institucional do país.

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