Segundo a defesa de Anderson Torres, o ex-ministro foi acusado de omissão nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, quando ele ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. No entanto, no dia em questão, Torres estava de férias com a família nos Estados Unidos, o que comprovaria sua ausência nos eventos mencionados na denúncia.
Os advogados também rebateram a acusação de omissão, destacando que as passagens para a viagem ao exterior foram adquiridas antecipadamente e que a secretaria não ficou desamparada durante a ausência de Torres. Eles ressaltaram que um plano de integração das forças locais já estava em andamento e que, se seguido corretamente, os incidentes relatados não teriam ocorrido.
Além disso, a defesa de Anderson Torres contestou a relevância da chamada “minuta do golpe”, apreendida pela Polícia Federal na residência do ex-ministro. Eles classificaram o documento como “apócrifo” e sem valor jurídico, enfatizando que sua circulação em domínio público não justificava a ênfase dada pela acusação.
O prazo para entrega da defesa da maioria dos denunciados encerrou no dia 6 de março, sendo que os advogados de 18 dos 34 acusados já apresentaram suas manifestações. Para o general Braga Netto e o almirante Almir Garnier, o prazo termina hoje. Após a finalização das defesas, o STF irá agendar o julgamento da denúncia.