Os advogados argumentam que Barbosa está há quase um ano com o salário suspenso, o que tem dificultado sua capacidade de arcar com as despesas domésticas. Segundo a defesa, os gastos mensais do ex-chefe da Polícia Civil chegam a R$24,8 mil, e a situação tem colocado em risco o sustento de sua família, que depende de sua renda para o mínimo existencial.
Além de Barbosa, outras figuras influentes no cenário político do Rio de Janeiro estão envolvidas no caso, como o conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, que também estão presos por suspeita de ligação com o assassinato de Marielle.
Conforme a investigação da Polícia Federal, o assassinato da vereadora está relacionado ao posicionamento político contrário ao interesse de um grupo liderado pelos irmãos Brazão, que têm conexões com milícias e questões fundiárias no Rio de Janeiro. Segundo a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa teriam sido os mandantes do crime, com o ex-chefe da Polícia Civil envolvido nos preparativos da execução.
Desde o início das investigações, os acusados têm negado qualquer participação no crime. A situação se torna ainda mais complexa com a solicitação de desbloqueio do salário de Barbosa, uma vez que sua defesa argumenta que a suspensão tem impactado diretamente no sustento de sua família. O caso segue em andamento e novos desdobramentos são aguardados.