Os advogados do general, um dos 34 denunciados pela PGR, negam qualquer envolvimento de Braga Netto nos atos golpistas de 8 de janeiro e no plano para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reforçando a reputação do militar, a defesa salienta os 40 anos de “bons serviços ao Exército Brasileiro sem qualquer mácula em seu currículo”.
A defesa destaca que a acusação é considerada “vazia” e alega falta de acesso total às provas da investigação, apontando a desorganização do conjunto de informações apresentadas nos procedimentos do caso. Sobre a delação de Mauro Cid, a defesa afirma que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi coagido a incriminar o general, questionando a voluntariedade das declarações do delator.
Os advogados também rebatem a acusação de que Braga Netto teria entregue R$ 100 mil a Mauro Cid, negando a veracidade da denúncia e ressaltando a falta de provas. Em dezembro do ano passado, o general foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, sob a alegação de obstrução da investigação.
O julgamento da denúncia será marcado pelo STF, com a Primeira Turma do Supremo responsável por analisar o caso. Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e os demais denunciados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF. A data do julgamento ainda não foi definida, podendo ocorrer ainda neste primeiro semestre de 2025.