De acordo com o relatório final da Polícia Civil, 16 torcedores da Mancha foram presos, enquanto outros quatro ainda estão sendo procurados como foragidos. A Justiça agora vai marcar uma data para a audiência do caso, onde serão ouvidas as testemunhas e os réus. Essa fase, chamada de instrução, servirá para decidir se os acusados serão levados a júri popular.
Os palmeirenses são acusados de homicídio, tentativas de homicídio e incêndio contra os membros da Máfia Azul. A investigação policial identificou a maioria dos agressores através de vídeos gravados por eles mesmos e postados nas redes sociais. As imagens mostram os torcedores utilizando paus, pedras, barras de ferro e rojões para atacar os cruzeirenses.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, o ataque dos palmeirenses foi motivado por uma briga anterior contra os cruzeirenses em 2022. A Promotoria também pediu uma indenização de R$ 10 milhões a ser paga pelos réus, que seria dividida entre os sucessores do torcedor morto, as vítimas sobreviventes e a prefeitura de Mairiporã.
Os 20 palmeirenses acusados são liderados por Jorge Luiz Sampaio Santos, ex-presidente da Mancha Alviverde, e incluem vice-presidentes, advogados e outros membros da torcida organizada. Além disso, a Justiça autorizou a investigação de um homem ligado a uma torcida organizada do Vasco da Gama, suspeito de envolvimento na emboscada.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com as defesas dos acusados para obter comentários sobre o caso. Até o momento, não houve uma decisão judicial sobre o pedido de indenização feito pela Promotoria. O desenrolar desse processo segue sendo acompanhado de perto pela sociedade e pelos amantes do futebol.