Justiça de Palmeira dos Índios concede medida protetiva a servidor contra ex-prefeito por calúnia e agressões psicológicas, destacando risco de perseguição.



A Justiça de Palmeira dos Índios tomou uma decisão significativa ao acolher a queixa-crime apresentada pelo servidor público Sivaldo Teixeira Bezerra contra o ex-prefeito da cidade, Júlio Cezar da Silva. A sentença, que foi assinada pela juíza Nathallye Costa Alcântara de Oliveira da 4ª Vara Criminal, concedeu uma medida protetiva de urgência que proíbe o réu de estabelecer qualquer tipo de contato com Sivaldo, seja de forma direta, por meio de meios eletrônicos ou através de terceiros. A divulgação deste ato, datado de 18 de junho, ressalta a gravidade das acus ações que foram apresentadas e aceitas pela Justiça.

O ex-prefeito, que até então tinha grande influência na administração municipal, é acusado de praticar crimes contra a honra, incluindo calúnia, difamação e injúria. Esses atos, segundo a denúncia, ocorreram de maneira sistemática, com Júlio Cezar utilizando recursos midiáticos, redes sociais e veículos de som para atacar e constranger publicamente Sivaldo, que atuou como seu subordinado na Prefeitura. De acordo com a decisão judicial, as ações do ex-gestor não se restringem a uma simples rivalidade política. Os ataques pessoais resultaram em sérios danos psicológicos ao servidor, que chegou a ficar afastado de suas atividades por um período de três meses devido ao estado emocional comprometido.

Os laudos clínicos e vídeos anexados ao processo reforçam a gravidade da situação, evidenciando o impacto emocional devastador e os riscos de novas agressões, especialmente considerando o desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. A juíza apontou a relação hierárquica entre Sivaldo e Júlio Cezar e a significativa influência política exercida por este último como fatores que aumentam o risco de retaliação e, por conseguinte, justificam a concessão da medida protetiva.

Importante destacar que a aplicação dessa medida, normalmente associada a casos de violência doméstica ou de gênero, também é relevante quando se trata de vítimas de assédio institucional e perseguição moral. Essa decisão marca um momento crucial na luta por respeito e dignidade dentro da administração pública, ao mesmo tempo em que coloca em evidência as consequências do abuso de poder.

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