Justiça de Alagoas mantém prisão de influenciador Kel Ferreti, condenado a 10 anos por estupro, devido à violência do ato e risco à ordem pública.



A Justiça de Alagoas decidiu, na última quinta-feira, a manutenção da prisão de Kleverton Pinheiro de Oliveira, mais conhecido como Kel Ferreti, um influenciador digital agora envolvido em controvérsias legais graves. O desembargador João Luiz Azevedo Lessa foi quem proferiu a decisão, que nega o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa do réu. Ferreti cumpre uma pena de dez anos de reclusão por um caso de estupro ocorrido em um hotel, o que tem gerado grande repercussão na mídia e nas redes sociais.

A defesa alegou a ilegalidade e a falta de motivação para a detenção de Ferreti, mas o desembargador Lessa contradisse esses argumentos ao destacar a gravidade do crime. O magistrado ressaltou que a violência extrema utilizada durante o ato é um fator significativo para a manutenção da prisão, bem como o risco à ordem pública, especialmente considerando que Ferratti possui processos criminais pendentes.

Na análise da situação, Lessa enfatizou que a concessão de liberdade provisória em casos como este deve ser vista como uma exceção, e não como uma regra. Ele reiterou que, apesar de possíveis condições subjetivas favoráveis do denunciado, estas não são suficientes para desconsiderar a necessidade de custódia cautelar, conforme entendimento jurídico estabelecido.

O contexto do caso é particularmente alarmante, uma vez que o influenciador, ex-policial militar, é acusado de ter cometido o crime em 16 de junho deste ano. A vítima conheceu Kel através de um grupo de apostas em um aplicativo de mensagens, e a situação rapidamente se intensificou. Após diversos contatos, o influenciador sugeriu que a mulher pudesse “dar coisas em troca” por dinheiro e se envolveu em conversas de conotação sexual.

No encontro que precedeu o crime, a vítima declarou que sofreu agressões físicas e verberações psicológicas, sentindo-se em estado de choque durante todo o ato. De acordo com o relato, ele não apenas forçou relações sexuais, mas também a agrediu fisicamente. Diante do cenário de violência, a mulher ficou paralisada pelo medo, o que a levou a não conseguir fazer pedidos claros de interrupção da situação.

Após o ato, a vítima fez o boletim de ocorrência e buscou assistência em uma unidade de saúde, relatando os traumas sofridos, não apenas físicos, mas emocionais, evidenciando a gravidade da situação. O caso levanta questões profundas sobre a segurança das mulheres e a responsabilidade dos influenciadores digitais, que, em circunstâncias assim, precisam ser responsabilizados por suas ações.

Esse caso representa um marco importante nas discussões sobre violência de gênero, abuso de poder e as repercussões sociais enfrentadas pelas vítimas. A justiça agora deve se assegurar de que a situação seja tratada com o devido rigor, à luz das evidências apresentadas.

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