JUSTIÇA – Coronel do Exército nega participação em reunião golpista de 2022 em manifestação ao STF. Defesa alega confraternização entre ex-colegas. Julgamento se aproxima.



Na última quinta-feira (6), o coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Júnior negou veementemente ter participado de qualquer reunião com o intuito de pressionar o comando do Exército a aderir a uma tentativa de golpe em 2022. Essa informação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa do militar, que também é um dos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito sobre o golpe de Estado, que também envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo a acusação da procuradoria, a reunião teria sido realizada por militares da elite do Exército, conhecidos como Kids-Pretos, com o objetivo de discutir a elaboração de uma carta para pressionar o Alto Comando do Exército a apoiar o golpe de Estado. No entanto, a defesa do coronel alega que o encontro, que ocorreu no dia 28 de novembro de 2022, foi apenas uma “confraternização” de ex-colegas no salão de festas do prédio onde o militar residia.

Os advogados do coronel afirmam que não houve qualquer tipo de debate ou pressão durante o encontro, e que cada convidado levou sua própria comida e bebida. Para comprovar isso, a defesa enviou ao Supremo os comprovantes da compra de salgados e refrigerantes em uma confeitaria de Brasília, como coxinhas, garrafas de Coca-Cola e Guaraná.

O prazo para a entrega das defesas dos denunciados no inquérito do golpe termina hoje, às 23h59. Após isso, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, solicitará à Primeira Turma da Corte uma data para o julgamento. Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal no STF.

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