Justiça converte prisão em preventiva de homem que decapitou companheira em Taguatinga, revelando histórico de violência doméstica e medidas protetivas ignoradas.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu converter a prisão de Leandro Rodrigues dos Santos, de 43 anos, em prisão preventiva, em um caso brutal de feminicídio que chocou a comunidade de Taguatinga. Leandro, conhecido como “Baiano”, é acusado de decapitar sua companheira, Lidiane Paula de Souza, também de 43 anos, na madrugada de terça-feira (23/12) em uma rua da QNL 16.

Na manhã de quarta-feira (24/12), Leandro passou por uma audiência de custódia no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, onde foi determinada a sua prisão preventiva. Com esta decisão, ele permanece encarcerado até o julgamento do crime que cometeu contra Lidiane.

Detalhes do crime mostram a violência extrema envolvida na situação. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi chamada por volta das 2h da madrugada de terça-feira para atender a uma ocorrência de violência doméstica. Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com Lidiane já sem vida, e a brutalidade da cena, com a vítima decapitada, chocou a todos. Testemunhas relataram que Leandro havia fugido, mas horas depois foi encontrado pela PM em outra localidade, com as roupas e as mãos ainda sujas de sangue.

A investigação revelou ainda que, durante a agressão, Lidiane tentou desesperadamente apelar para o amor que sentia por Leandro, gritando: “Baiano, te amo”. Contudo, suas súplicas foram em vão, e a situação culminou em sua morte. Vale destacar que esse não foi o primeiro episódio de violência protagonizado por Leandro. Ele já possuía um histórico de agressões contra Lidiane, que, inclusive, havia obtido medidas protetivas contra ele.

Dias antes do homicídio, Leandro havia sido condenado por lesão corporal e ameaça, com uma pena estabelecida de 2 anos e 7 meses de prisão, além de medidas protetivas. No entanto, sua prisão anterior havia sido revogada, permitindo que ele permanecesse livre até o trágico evento. Esta sequência de eventos levanta questões importantes sobre a efetividade das legislações de proteção às mulheres e os desafios enfrentados por vítimas de violência doméstica.

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