Segundo informações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), apenas um dos detidos, Richard Andreas Soler Pereira, foi liberado, enquanto os demais permaneceram presos preventivamente. Os juízes responsáveis pelas audiências ressaltaram que a maioria dos detidos estava armada com paus e foi detida em flagrante pela polícia.
Entre os uruguaios detidos que tiveram a prisão convertida em preventiva estão Alvaro Marcelo Garin, Nikleson Cabrera, Michael Nicols, Federico Gonzales, Felipe Pedrini, e outros. Os conflitos no Recreio resultaram em registros de furto, incêndios em ônibus e confrontos com a Polícia Militar. Mais de 200 torcedores do Peñarol foram detidos e levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, zona norte do Rio.
Os 22 uruguaios detidos foram autuados por diversos crimes, incluindo porte ilegal de arma de fogo, furto, lesão corporal, roubo, incêndio, entre outros. A Polícia Civil informou que outros 330 uruguaios também serão responsabilizados pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor e os procedimentos serão encaminhados ao Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos.
Em entrevista, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, admitiu falhas no planejamento de recepção e monitoramento dos torcedores do Peñarol e destacou a necessidade de rever o processo. Após os confrontos, o efetivo policial foi reforçado para o jogo entre Botafogo e Peñarol, no Estádio Nilton Santos. O secretário lamentou a falha de comunicação que resultou nos episódios de violência e afirmou que é necessário aprender com os erros para garantir a segurança em eventos esportivos futuros.