A operação de transferência contou com o apoio de quatro viaturas do Grupamento de Intervenção Tática (GIT) e do Grupamento de Serviço de Segurança Externa da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Rogério de Andrade estava preso desde o dia 29 de outubro, quando foi detido durante a Operação Último Ato, realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ).
O contraventor foi denunciado pela morte de Fernando de Miranda Ignaccio, ocorrida em novembro de 2020. No entanto, em fevereiro de 2022, a ação penal contra Rogério foi trancada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de provas que demonstrassem seu envolvimento no crime como mandante. Fernando Iggnacio e Rogério de Andrade tinham laços familiares com o contraventor Castor de Andrade, falecido em 1997.
A decisão judicial que determinou a transferência de Rogério para um presídio federal de segurança máxima destacou a alta periculosidade do contraventor, que é apontado como chefe de um grupo criminoso envolvido em homicídios, corrupção, contravenção e lavagem de dinheiro. A disputa pelo comando do jogo do bicho e das máquinas caça-níqueis na zona oeste do Rio de Janeiro tem uma longa história de violência, resultando em mais de 50 mortes.
Diante desse contexto, a Justiça considerou necessária a transferência de Rogério para um presídio de segurança máxima, visando garantir a ordem e a segurança pública. O contraventor agora ficará à disposição da Justiça no Presídio Federal de Campo Grande, aguardando os desdobramentos do processo criminal que envolve o caso da morte de Fernando Ignaccio.