O afastamento de Sandro Nunes Vieira foi determinado após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comunicar o CNJ sobre a citação do nome do juiz nas investigações. Mesmo não sendo investigado no inquérito do golpe, o magistrado teria participado no relatório encomendado pelo PL ao Instituto Voto Legal para alegar supostas fraudes nas urnas eletrônicas.
A sessão do CNJ que decidiu pela manutenção do afastamento foi realizada de forma reservada, sem a presença do público ou transmissão ao vivo pelo YouTube. O corregedor argumentou que a deliberação ocorreu em segredo de Justiça. O presidente do CNJ e do STF, Luís Roberto Barroso, não estava presente, e a sessão foi presidida pelo conselheiro Guilherme Caputo Bastos.
Em nota divulgada após ter seu nome envolvido nas investigações, Sandro Vieira declarou que nunca teve contato com o presidente do PL, Valdemar da Costa de Neto, e que não emite opiniões públicas ou juízos de valor sobre processos de conotação política.
Diante da decisão do CNJ, o afastamento cautelar de Sandro Nunes Vieira permanece em vigor até novas deliberações. O magistrado segue afastado de suas funções enquanto o processo disciplinar segue em curso sob segredo de Justiça.