O incidente ocorreu em 2022 e se deu em duas etapas: primeiro durante uma festa e, posteriormente, na residência do casal, onde Maria foi agredida na frente de sua avó. A jovem, de apenas 20 anos na época do crime, sofreu agressões brutais que deixaram seu rosto desfigurado. As lesões foram tão severas que a vítima precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva por 15 dias, enfrentando uma grave ameaça à sua vida.
O tribunal considerou que o ato de Rondinelly foi cometido por motivos torpes e de forma cruel, impossibilitando a defesa da jovem. A presença da avó durante o ataque também foi reconhecida como um agravante significativo. Durante o julgamento, Maria Vitória compartilhou seu testemunho emocionante, relatando como o agressor a deixou à beira da morte, e expressou alívio com a condenação, afirmando que suas orações por justiça foram atendidas.
Após o ataque, Rondinelly inicialmente conseguiu escapar da Justiça, fugindo para São Paulo. Porém, a polícia o localizou e prendeu três meses depois. No dia das agressões, ele chegou a ser detido por seguranças durante a festa, mas foi liberado em questão de horas, permitindo que voltasse para casa onde a violência continuou. A tia de Maria, Maria Cícera, relatou ter encontrado a sobrinha inconsciente e ensanguentada no chão.
Agora, com a punição imposta ao agressor, Maria Vitória se sente grata pela resposta judicial e espera que seu caso inspire outras vítimas a denunciarem suas agressões, promovendo uma discussão mais ampla sobre violência doméstica. A condenação reforça a importância do combate ao feminicídio e a proteção das mulheres, que muitas vezes vivem sob o medo e a opressão em seus própria lares. Embora o agressor tenha recorrido da sentença, a condenação é um passo positivo na busca por justiça em um contexto frequentemente marcado pela impunidade.