Justiça concede benefício de R$34 mil a viúva de Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em 1975.

A Justiça Federal concedeu uma importante vitória à viúva do jornalista Vladimir Herzog, Clarice Herzog, ao determinar o pagamento de uma prestação econômica permanente no valor de R$ 34.577,89. Vladimir Herzog foi preso, torturado e morto em 1975 durante a ditadura militar, e a decisão do juiz Anderson Santos da Silva, da 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, reconheceu o direito de Clarice Herzog a esse benefício.

O juiz destacou em sua decisão as evidências da detenção arbitrária, tortura e execução extrajudicial de Vladimir Herzog, o que sustentou a concessão da prestação econômica à sua viúva. Além disso, a sentença ainda não é definitiva, pois a União Federal tem o direito de contestar a decisão nos autos do processo.

A ação movida por Clarice Herzog também busca o reconhecimento da condição de anistiado político póstumo a Vladimir Herzog, um pedido que ainda aguarda apreciação. Em um contexto mais amplo, a Comissão de Anistia aprovou de forma unânime o reconhecimento de Clarice Herzog como anistiada política, em razão da perseguição que ela enfrentou durante os anos de regime militar no Brasil em busca por justiça pelo assassinato de seu marido.

Além da prestação econômica, a família Herzog também reivindica o pagamento dos valores retroativos dos últimos 5 anos, totalizando R$ 2,3 milhões, e uma indenização por danos morais à viúva no valor de R$ 2,5 milhões. Essa ação cível ainda aguarda apreciação em sua totalidade.

A decisão da Justiça Federal representa um passo importante na busca por justiça e reparação para a família Herzog, que por muitos anos lutou por reconhecimento e compensação pelos danos sofridos durante a ditadura militar no Brasil. A concessão da prestação econômica e os pedidos pendentes na ação cível demonstram o esforço contínuo para garantir a memória e o legado de Vladimir Herzog, bem como buscar a verdade e a justiça para aqueles que sofreram injustiças no passado.

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