JUSTIÇA – CNJ investiga erro judiciário em prisão por engano de diarista no Rio de Janeiro; liberação demorou três dias.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está investigando possíveis erros do Judiciário que resultaram na prisão equivocada de Debora Cristina da Silva Damasceno, uma diarista de 42 anos, no Rio de Janeiro. Ela foi presa no último domingo, em Petrópolis, após ser confundida com uma fugitiva de outro estado, e só foi liberada na terça-feira, após um juiz corrigir o equívoco, o que gerou um atraso de três dias para sua soltura.

O corregedor nacional de justiça, ministro Mauro Campbell, tomou providências imediatas para apurar o caso, exigindo explicações dos tribunais de Justiça do Rio de Janeiro e de Minas Gerais em um prazo de 48 horas. Além disso, o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do CNJ também pediu esclarecimentos sobre as medidas tomadas para corrigir o erro e evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.

Um dos pontos a serem analisados é o fato de que a audiência de custódia de Debora foi realizada apenas três dias após sua prisão indevida, desrespeitando o prazo de 24 horas estabelecido pelas regras atuais. Outra conduta questionável foi a demora do juízo responsável em liberar a diarista, optando por primeiro contatar o juízo de Minas Gerais, onde o mandado de prisão em aberto estava em tramitação.

O CNJ afirmou não ter encontrado falhas no Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões que possam se relacionar com esse caso específico. No entanto, o órgão reconhece a gravidade do ocorrido e destaca a importância das audiências de custódia para reparar eventuais erros judiciários.

Diante dessa situação lamentável, o CNJ ressalta a necessidade de maior rigor e cuidado por parte do Judiciário para evitar prisões equivocadas e garantir que a justiça seja aplicada de forma justa e eficaz. Espera-se que as investigações em curso possam esclarecer as circunstâncias que levaram a esse erro e apontar medidas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.

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