JUSTIÇA – CNJ e Arpen Brasil realizam ação para inclusão de nome da etnia no registro civil de indígenas no Acampamento Terra Livre.



O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) estão se unindo para uma ação de extrema importância nesta quarta-feira, dia 9. O objetivo é garantir aos indígenas que estão acampados no Acampamento Terra Livre (ATL) o direito fundamental à inclusão do nome da etnia no registro civil.

A iniciativa será realizada no Complexo Funarte em Brasília, das 12h às 19h, onde os indígenas estão acampados. Desde dezembro do ano passado, a inclusão do nome indígena no registro civil tornou-se possível por meio da Resolução Conjunta nº 12 do CNJ e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Essa resolução permite que o indígena inclua em seu nome de registro informações como etnia, grupo, clã e família a que pertence. Essa alteração pode ser feita de forma extrajudicial em cartório, sem a necessidade de decisão judicial.

Recentemente, o CNJ promoveu uma cerimônia histórica na qual foi entregue o registro de alteração no nome de nascimento da presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana. Joênia destacou a importância dessa resolução para garantir o direito à inclusão do nome indígena.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também presente no evento, ressaltou que a resolução representa um avanço significativo para desburocratizar a alteração do registro civil dos indígenas. Antes, era necessário o Registro Administrativo de Nascimento de Indígena (Rani) emitido pela Funai.

Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), enfatizou que a resolução é um esforço para desburocratizar o reconhecimento dos direitos originais dos indígenas. Ele salientou que essa é uma preocupação do Poder Judiciário brasileiro, visando o reconhecimento das populações nativas que estavam presentes quando os europeus chegaram em 1500.

Essa ação é um marco na luta pelos direitos dos indígenas e representa um avanço significativo rumo à inclusão e respeito às suas identidades e ancestralidades.

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