A ação do CNJ foi motivada após o desembargador Almeida ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (20). A operação investiga a suposta venda de sentenças durante os plantões do tribunal, levantando sérias preocupações e gerando um grande impacto no sistema judicial. Além do desembargador, advogados, cujos nomes não foram divulgados, também estão sob investigação.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, que também determinou o afastamento de Ivo de Almeida de suas funções como desembargador. A seriedade da situação reflete a gravidade das acusações e a necessidade de uma investigação minuciosa.
O Corregedor Nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, destacou que as suspeitas contra o desembargador apontam para a possível violação dos deveres da magistratura, justificando assim a abertura da reclamação disciplinar. Além disso, foi solicitado ao Tribunal de Justiça de São Paulo que forneça informações sobre possíveis pedidos de providências e processos administrativos em andamento contra Almeida.
A decisão do CNJ e do STJ gerou uma onda de repercussões, incluindo uma nota da presidência do TJSP afirmando que serão adotadas todas as medidas administrativas necessárias para cumprir a determinação de afastamento do desembargador. A Agência Brasil tentou entrar em contato com o gabinete de Ivo de Almeida, mas aguarda retorno, destacando a gravidade e complexidade do caso em questão.