JUSTIÇA – CBF pede ao STF para reverter afastamento de Ednaldo Rodrigues e contesta decisão que apontou falsificação em acordo judicial sobre a presidência da entidade.

Recentemente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou uma atitude significativa ao recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de reverter uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que resultou no afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade. O caso ganhou maior complexidade ao envolver denúncias alegando falsificação de assinatura e questões legais que impactam a governança da CBF.

O pedido feito pela CBF foi entregue ao ministro Gilmar Mendes, que já havia atuado como relator em decisões anteriores que garantiram a permanência de Rodrigues à frente da confederação. Mendes tem um histórico de intervenções neste caso, incluindo uma liminar que manteve Ednaldo em seu cargo mesmo diante das solicitações de afastamento.

O afastamento de Rodrigues, determinado pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, tem suas raízes em uma denúncia que envolve a suposta falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-vice-presidente da CBF. Essa assinatura estava associada a um acordo homologado pelo STF, que deveria ter encerrado uma disputa judicial pela liderança da entidade. Na decisão, Zefiro anulou o acordo anterior, ressaltando a incapacidade mental de um dos signatários e as possíveis irregularidades na assinatura.

Apesar de ter limitado a autoridade de Ednaldo Rodrigues, a decisão de Mendes na semana anterior havia negado um pedido de afastamento feito pelo vice-presidente Fernando Sarney. Contudo, ele solicitou que a Justiça do Rio de Janeiro investigasse a autenticidade da assinatura que fundamentou o acordo considerado nulo.

A CBF, no contexto dessas controvérsias judiciais, já havia firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em 2022, como uma forma de resolver disputas relacionadas a eleições realizadas de forma irregular em anos anteriores. Esse acordo, que envolveu a realização de novas eleições, havia resultado na vitória de Ednaldo, mas agora se torna alvo de investigações que podem colocar em xeque sua legitimidade.

A decisão do TJRJ de afastar Ednaldo foi uma resposta a um pedido de ex-vice-presidentes que se sentiram prejudicados pelas ações da CBF no âmbito do TAC. O tribunal considerou que o acordo anterior era ilegal, reforçando um cenário já tumultuado na esfera governamental do futebol brasileiro, que espera por resoluções que tragam estabilidade e transparência.

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