O advogado de Zambelli enfatizou que a parlamentar enfrenta problemas de saúde, recomendando sua liberação. Contudo, durante a audiência, o juiz responsável pela análise do caso indicou que precisa de um período adicional para deliberar sobre a prisão e a solicitação de extradição. Com isso, até que uma nova decisão seja proferida, a deputada continuará sob custódia.
Zambelli foi presa no dia 29 de julho, após a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. A deputada enfrenta um mandado de prisão preventiva em decorrência de sua condenação a 10 anos de reclusão por ser apontada como a mentora de uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para agravar sua situação, a deputada deixou o país antes da divulgação de sua condenação, fugindo para a Itália.
Recentemente, Zambelli foi condenada novamente pelo STF, desta vez a cinco anos e três meses de prisão, por crimes relacionados a um incidente em que perseguiu um homem armada nas ruas de São Paulo. Essa nova sentença também pode ser objeto de recurso.
Após o desenrolar dos acontecimentos, o advogado Fábio Pagnozzi externou que Zambelli está “surpresa e profundamente em desacordo” com a nova condenação. A estratégia de defesa promete contestar a decisão judicial, alegando que viola princípios fundamentais do devido processo legal e expõe uma interpretação excessivamente ampla das competências da Suprema Corte.
O advogado declarou que a deputada reafirma sua inocência e se considera alvo de uma perseguição política, destacando o timing do processo de extradição em meio ao julgamento excepcional. Com a situação legal da parlamentar em estado de indefinição e o pronúncio iminente da justiça italiana, a expectativa é intensa enquanto todos aguardam as próximas movimentações no caso.