Braga Netto, que é militar da reserva e foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, se defendeu de maneira incisiva, afirmando: “Eu não pedi dinheiro para ninguém e não dei dinheiro nenhum para o Cid.” Sua posição se torna ainda mais crítica, uma vez que o general encontra-se preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstrução da Justiça, pois estaria buscando informações sobre os depoimentos prestados por Cid ao longo das investigações.
Além de negar envolvimento financeiro com Cid, o general também refutou alegações de que teria contatado o pai de Mauro, o general Lourena Cid, com a intenção de obter informações sobre acordos de delação. De acordo com Braga Netto, foi Lourena quem o procurou para solicitar apoio político para o filho.
O general também respondeu às acusações de ter coordenado ataques virtuais a ex-comandantes das Forças Armadas, que se opuseram à tentativa de golpe. Ele sustenta que nunca ordenou qualquer medida desse tipo e que, caso quisesse se dirigir aos comandantes, o faria diretamente, em conversas pessoais.
As declarações de Braga Netto se inserem em um cenário mais amplo de investigações que envolvem mensagens de WhatsApp atribuídas a ele, onde sugeriria ações contra os críticos do governo anterior. Além disso, ele se tornou o último réu da primeira etapa dos interrogatórios conduzidos por Moraes, que são uma etapa crítica no desfecho desse complexo caso judicial.
Este desdobramento é aguardado com atenção, pois o julgamento dos réus está previsto para o segundo semestre deste ano, e a expectativa é que as decisões impactem significativamente o cenário político nacional.