Conforme informações prestadas pelos advogados de defesa, Bolsonaro necessitará permanecer entre seis e oito horas no Hospital DF Star, agendado para o próximo sábado. Os exames solicitados incluem uma série de procedimentos, como testes de sangue e urina, além de endoscopia e tomografias, visando uma reavaliação de sintomas de refluxo e soluços persistentes, que foram exacerbados após mudanças em sua medicação.
Desde o atentado sofrido em 2018, quando o ex-presidente foi esfaqueado em um evento de campanha, ele tem enfrentado sérias complicações de saúde que o levaram a realizar cirurgias e outros tratamentos ao longo dos últimos anos. No último mês de abril, por exemplo, ele passou por uma nova operação devido a complicações relacionadas às lesões do ataque.
Na semana passada, o ministro Moraes também autorizou a visita de médicos particulares ao ex-presidente, que puderam atendê-lo em sua residência. Além disso, a defesa de Bolsonaro requereu que ele possa receber a visita de quatro de seus aliados políticos, incluindo o senador Rogério Marinho e o vice-prefeito de São Paulo.
A prisão de Bolsonaro é resultado de suspeitas de que ele tenta obstruir a investigação que o aponta como líder de uma suposta tentativa de golpe de Estado após sua derrota nas eleições. Os advogados têm até esta quarta-feira para apresentar suas alegações finais em relação a esse caso, que envolve quatro outras acusações por crimes como organização criminosa e tentativa de desmantelamento do Estado Democrático de Direito.
O desfecho do caso parece próximo, pois, uma vez entregues as alegações, o processo estará prestes a ser analisado pela Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, incluindo Moraes. Caso as denúncias sejam confirmadas, Bolsonaro poderá enfrentar penas que somadas extrapolam os 30 anos de prisão, o que intensifica as repercussões políticas e sociais em torno do ex-presidente.