Bolsonaro se encontra atualmente em prisão domiciliar, medida que foi imposta por Moraes em 4 de agosto. A decisão de restringir a liberdade do ex-presidente se deu após a constatação de que ele teria utilizado as redes sociais de seus filhos para contornar a proibição de se comunicar publicamente, utilizando até mesmo intermediários para tal. Além disso, o ex-presidente está sob monitoramento eletrônico por tornozeleira.
As restrições impostas a Bolsonaro estão ligadas a um inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro, seu filho e deputado federal, na promoção de ações de retaliação contra o governo brasileiro em colaboração com autoridades dos Estados Unidos, durante a administração de Donald Trump. O caso é envolto em controvérsias, especialmente porque o ex-presidente é suspeito de ter financiado, através de transferências via pix, a estadia de Eduardo em solo americano, onde este se afastou sob a alegação de perseguição política.
Ademais, Jair Bolsonaro é réu em uma ação penal relacionada a uma suposta trama golpista, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal. O julgamento deste caso, que atraiu ampla atenção da sociedade, está previsto para ser concluído em breve, uma vez que uma nova sessão de avaliações está marcadamente agendada para a próxima sexta-feira, dia 12.
Diante desse contexto delicado, o pedido de autorização para o procedimento médico é mais uma etapa na complexa trajetória legal do ex-presidente, que continua a dianteira de uma série de investigações que podem impactar não apenas sua vida pessoal mas também todo o panorama político do país.