Bolsonaro encontra-se detido desde 22 de novembro em uma sala da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, cumprindo uma pena de 27 anos e três meses pela tentativa de golpe de Estado, que foi apurada em uma ação penal. Recentemente, sua saúde chamou a atenção após ser submetido a um exame de ultrassom, que confirmou o diagnóstico de uma hérnia inguinal. O procedimento foi realizado com um equipamento portátil e autorizado pelo próprio ministro Moraes.
Segundo o relatório elaborado pelo médico Dr. Claudio Birolini, responsável pelo acompanhamento do ex-presidente, a situação requer a realização de uma cirurgia chamada herniorrafia inguinal bilateral. De acordo com o especialista, este procedimento precisa ser feito em regime de internação hospitalar, sob anestesia geral, e a expectativa de permanência no hospital fica entre cinco e sete dias. Esse laudo médico foi uma das bases para o novo pedido feito pelos advogados de Bolsonaro.
Os defensores do ex-presidente já haviam feito uma solicitação anterior destacando a urgência da cirurgia, que, até o momento, não foi julgada, pois o ministro Moraes decidiu que Bolsonaro deveria passar por uma perícia médica oficial. A realização dessa avaliação ficará a cargo da Polícia Federal e deve ocorrer em um prazo de até 15 dias. Moraes justificou essa determinação afirmando que os exames que foram apresentados anteriormente pelo ex-presidente são considerados desatualizados.
A situação gera um ambiente de expectativa tanto entre os apoiadores como entre os críticos de Bolsonaro, considerando o peso da sua condenação e o estado de saúde que envolvem o ex-mandatário neste momento delicado.
