Essas audiências foram conduzidas por videoconferência, direto dos locais onde os réus estão detidos, e presididas por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do processo em questão. Essa medida foi adotada para garantir que as formalidades legais fossem seguidas rigorosamente. Posteriormente, Alexandre de Moraes rejeitou os últimos recursos interpostos pelos condenados, determinando a execução imediata das penas estabelecidas.
Embora os detalhes específicos das audiências ainda não tenham sido divulgados, as penas aplicadas a cada um dos condenados foram definidas com clareza. Jair Bolsonaro, ex-chefe do Executivo, foi sentenciado a cumprir 27 anos e três meses de prisão, e está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Walter Braga Netto, que atuou como ministro durante a presidência de Bolsonaro e foi candidato a vice em 2022, terá que cumprir 26 anos de reclusão, obedecendo as ordens de detenção na Vila Militar, no Rio de Janeiro.
Outras figuras proeminentes do governo de Bolsonaro também foram severamente penalizadas. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, recebeu uma sentença de 24 anos, e está preso em instalações específicas da Marinha em Brasília. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, cumprirá 24 anos em um batalhão militar ao DF. No mesmo sentido, Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, foi sentenciado a 21 anos, enquanto Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, terá 19 anos de pena.
Por fim, Alexandre Ramagem, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão, mas encontra-se foragido em Miami, nos Estados Unidos. A ordem de prisão para Ramagem será incluída no Banco Nacional do Monitoramento de Prisões (BNMP), aumentando as tensões em torno das investigações em curso. Esses desdobramentos marcam um momento crucial na política brasileira e reúnem ampla atenção pública e midiática.
