Moraes fundamentou a decisão afirmando que a reunião poderia, não apenas gerar tumulto, mas também facilitar uma possível tentativa de fuga do ex-presidente. A preocupação se intensificou quando, no mesmo dia, o Centro de Integração de Monitoramento Integrado do Distrito Federal notificou sobre uma violação na tornozeleira eletrônica de Bolsonaro, apontando uma intenção de romper o equipamento e evitar a detenção. O ministro ainda mencionou que a convocação da vigília foi feita por um de seus filhos, o que poderia agravar ainda mais a situação.
Além da prisão preventiva, Moraes agendou para este domingo (23) uma audiência de custódia que ocorrerá por videoconferência na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal. O ex-presidente também terá direito a assistência médica contínua. No intuito de resguardar a segurança e o cumprimento das ordens, o ministro determinou que todas as visitas ao ex-presidente sejam autorizadas previamente pelo STF, excetuando-se aquelas realizadas por seus advogados e pela equipe médica responsável por sua saúde.
O documento da decisão destaca que, por questões de segurança, existe a possibilidade de que Bolsonaro tentasse escapar, especialmente considerando o fato de que um dos condenados na mesma ação penal, Alexandre Rodrigues Ramagem, conseguiu deixar o Brasil e atualmente está em Miami, nos Estados Unidos.
Além disso, a convocação da vigília, feita pelo senador Flávio Bolsonaro, que ocorreu na última sexta-feira (21), foi bradada nas redes sociais, intensificando a atenção do público e das autoridades sobre a situação do ex-presidente. Bolsonaro, que já cumpriu 27 anos e três meses de pena por sua participação em um esquema golpista, está em regime de prisão domiciliar desde 4 de agosto, depois de desrespeitar diversas medidas cautelares impostas pelo STF.
Diante desse cenário tenso, a expectativa é de que as audiências e decisões judiciais que se seguirão nas próximas semanas possam impactar significativamente o futuro do ex-presidente e dos demais réus envolvidos no caso.
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