Mais cedo, durante a manhã, o ex-presidente deixou sua residência em regime de prisão domiciliar para buscar atendimento no Hospital DF Star, em Brasília. A movimentação ocorreu sob a supervisão de agentes de segurança que monitoram seu cumprimento da medida cautelar. Vale destacar que a saída de Bolsonaro não constituiu uma violação das condições impostas pelo ministro Moraes, uma vez que a legislação prevê a possibilidade de internação em casos de emergências médicas, contanto que um atestado médico seja apresentado ao STF no prazo de 24 horas após o atendimento.
No último domingo, Bolsonaro já havia sido submetido a um procedimento dermatológico e a exames que identificaram um quadro de anemia, conforme boletim médico divulgado pela instituição hospitalar.
Desde o dia 4 de agosto, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão do ministro Moraes, em um inquérito que investiga tanto o ex-presidente quanto seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, pela suposta tentativa de promover retaliações contra o Brasil e seus governantes em conluio com o governo dos EUA. Tal atuação envolveria iniciativas como o cancelamento de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky, que visa a punição de indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos.
Ainda em desdobramentos legais, na semana anterior, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e outros sete réus envolvidos em uma ação penal relacionada a uma trama golpista. A decisão foi tomada por 4 votos a 1, condenando os envolvidos por crimes que incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado, entre outros. As implicações legais e de saúde de Bolsonaro continuam a ser acompanhadas de perto em meio ao cenário político conturbado.