No dia 11 de setembro, a Primeira Turma do STF, utilizando sua prerrogativa constitucional, condenou os réus a penas severas, somando mais de 167 anos de reclusão em conjunto. O julgamento resultou em um placar de 4 votos a 1, classificando as ações do grupo como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outras infrações graves que, segundo a corte, atentaram contra os pilares da democracia brasileira.
De acordo com a sentença, as penas variam em duração, sendo a mais severa de 27 anos e três meses imposta a Bolsonaro, que cumpre sua pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Entre os outros condenados está Walter Braga Netto, ex-ministro que recebeu 26 anos, e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, condenado a 24 anos de prisão. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, também foram condenados, enquanto Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, permanece foragido em Miami, após uma pena correspondente a 16 anos e mais de um mês.
No entanto, há um desdobramento relevante: Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, conseguiu uma pena reduzida a dois anos em regime aberto após firmar um acordo de delação premiada, enquanto a maioria dos réus enfrenta um futuro incerto atrás das grades. Esta situação se agrava ainda mais para o ex-presidente, que se encontra preso preventivamente desde o dia 22 de setembro, sob acusação de ter violado a tornozeleira eletrônica que lhe havia sido imposta, uma violação que ele atribuiu a problemas de saúde mental.
A complexidade do caso revela não apenas os impactos nas esferas política e social do Brasil, mas também um desdobramento que poderá moldar o cenário político nos próximos anos, enquanto o país enfrenta um momento de intensa polarização. As repercussões destas condenações e das investigações em curso continuarão a rivir a atenção da população e a influenciar o debate democrático no Brasil.









