A situação ocorre em um contexto de crescente tensão política, onde Bolsonaro enfrenta acusações relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelas medidas, argumentou que o risco de fuga justificava a imposição da tornozeleira e a apreensão do passaporte do ex-presidente, ocorrida em fevereiro de 2024. Bolsonaro, no entanto, considerou essa suspeita um exagero, afirmando que o inquérito que investiga os eventos de 8 de janeiro é na verdade político, sem evidências concretas.
Questionado sobre sua intenção de deixar o país, Bolsonaro reiterou que essa nunca foi uma possibilidade. Ele ressaltou que emigrar ou se asilar em uma embaixada seria uma opção fácil, mas nunca uma consideração sua. As medidas impuseram restrições significativas à sua liberdade: ele precisa permanecer no Distrito Federal, segue em regime de recolhimento domiciliar durante as noites e finais de semana e está proibido de usar redes sociais ou manter contato com seu filho, Eduardo, além de outras comunicações com diplomatas estrangeiros.
A questão dos US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie encontrados em sua residência também foi abordada. Bolsonaro alegou que sempre teve uma reserva em dólar em casa e pode comprovar a origem desse dinheiro. No entanto, ele se mostrou evasivo em relação a um pen drive que foi apreendido em sua casa, dizendo não ter conhecimento sobre o item.
Em meio a essa turbulência, o ex-presidente expressa a expectativa por um julgamento que, segundo ele, deve ser técnico e não político, ao mesmo tempo que reflete sobre as implicações das medidas cautelares em seu cotidiano. A situação continua a evoluir, sendo um capítulo importante no já conturbado cenário político brasileiro.
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