Bolsonaro chegou à sede da Polícia Federal em Brasília por volta das 14h30, uma hora e meia antes do depoimento que deveria prestar em relação ao caso de seu filho. Ao ser indagado pelos jornalistas, ele explicou que a transferência de fundos havia sido solicitada por Eduardo, ressaltando que o montante destina-se a cobrir despesas de vida nos Estados Unidos, onde os custos podem ser elevados, especialmente considerando que ele tem dois netos. “Eu quero o bem-estar dele”, afirmou o ex-presidente, defendendo a legitimidade do repasse financeiro.
A PGR adotou uma postura rigorosa em relação à atuação de Eduardo Bolsonaro, opondo-se à possibilidade de sanções diplomáticas que poderiam ser insinuadas como consequência de lobbies. Bolsonaro, por sua vez, se defendeu, afirmando que o trabalho do filho no exterior é voltado para preservar a democracia no Brasil e desqualificando as acusações de lobby. “Não existe sancionamento de qualquer autoridade por parte do governo americano por lobby”, reforçou.
Além disso, o ex-presidente expressou sentir-se perseguido e minimizou as alegações que envolvem a conduta de Eduardo, considerando-as parte de uma continuação de um processo de ataque político contra sua figura. “Para mim, a perseguição continua”, disse. Ele também se mostrou ansioso para o depoimento que deverá prestar na próxima semana, ao afirmar que essa será uma oportunidade de esclarecer uma série de eventos que, segundo ele, foram mal interpretados.
Na mesma ocasião, Bolsonaro aproveitou para negar qualquer vínculo com a deputada federal Carla Zambelli, que entrou na mira da Interpol após deixar o Brasil. Ele destacou que não enviou dinheiro a ela e que não tem qualquer relação direta com seu caso, enfatizando que toda a informação teve origem na imprensa.
Dessa forma, os desdobramentos envolvendo os Bolsonaro se mantêm em evidência, refletindo um contexto onde a política brasileira continua a viver tensões e controvérsias.