Entre os alvos da determinação estão figuras proeminentes do setor bancário, incluindo Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, e Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa, presidente afastado do Banco de Brasília (BRB). Também foram atingidos outros executivos importantes, como Dario Oswaldo Garcia Júnior, diretor financeiro afastado do BRB, que estão envolvidos em investigações sobre práticas financeiras irregulares. Este último e Rodrigues Costa foram suspensos de suas funções por um período de 60 dias em consequência da operação.
A medida não se limita apenas a pessoas físicas; a ordem também abrange o bloqueio de bens de instituições, o que reflete a gravidade das acusações que pesam sobre elas. Além disso, o juiz autorizou buscas e apreensões de veículos de alto valor, quantias em dinheiro acima de R$ 10 mil, joias e outros itens de luxo. Espalhando um manto de segurança em relação à fuga de possíveis investigados, a decisão inclui a retenção de passaportes e a proibição de saída do país.
A Operação Compliance Zero veio à tona após o Ministério Público Federal solicitar investigações sobre a emissão de títulos de crédito falsos e fabricação de carteiras de crédito que não tinham validade. Os títulos fraudulentos teriam sido vendidos a outras instituições e, conforme apurado, foram trocados por ativos aleatórios após investigação do Banco Central, sem a devida avaliação técnica.
Com o objetivo de estabilizar a situação no BRB, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou a escolha de Celso Eloi, servidor da Caixa Econômica Federal, para assumir a presidência da instituição, sinalizando um esforço para restaurar a integridade e a confiança em sua administração.
O impacto dessa operação ressoa em diversos setores, gerando questionamentos sobre a segurança e a transparência do sistema financeiro nacional, enquanto as autoridades buscam responsabilizar aqueles que podem ter infringido a lei e comprometido a confiança pública nas instituições financeiras.
