Barroso abordou a divisão ideológica que tem marcado o cenário nacional, especialmente após a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete aliados em um processo relacionado a tentativa de golpe. O presidente do STF ressaltou que a pacificação é um anseio compartilhado por todos, mas que deveria ocorrer sem que as pessoas precisem abandonar suas convicções ou crenças. Ele argumentou que viver em pluralidade é fundamental: “Pacificação não significa abrir mão de suas convicções, mas respeitar a diferença”, afirmou Barroso, enfatizando a importância da civilidade nas relações sociais.
Além disso, o ministro fez um apelo à sociedade para que reencontrasse a capacidade de debater ideias de forma construtiva, sem desqualificações. Para ele, a convivência pacífica entre aqueles que possuem opiniões divergentes é um pilar essencial para uma sociedade saudável e democrática. “A vida não é assim. A vida é feita da convivência entre pessoas que pensam de maneira diferente”, completou, sublinhando a importância do diálogo respeitoso em um ambiente democrático.
Sua declaração se torna ainda mais relevante considerando a transição iminente dentro do STF, com a posse de Edson Fachin e Alexandre de Moraes como presidente e vice-presidente da Corte, respectivamente, na próxima segunda-feira. Em um contexto onde a instabilidade política é crescente, o apelo de Barroso pela união e pelo respeito mútuo parece ser um convite à reflexão sobre o futuro do país, numa busca por harmonia social em tempos desafiadores.
Esse “novo tempo de esperanças” proposto pelo presidente do STF é um desafio não apenas para os governantes, mas para toda a sociedade brasileira, que é cada vez mais chamada a participar ativamente da construção de um espaço de diálogo e conciliação.