JUSTIÇA – Barroso defende julgamento do processo de tentativa de golpe liderada por Bolsonaro ainda este ano para evitar interferência nas eleições de 2026.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, defendeu a importância de realizar ainda neste ano o julgamento do processo de tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Barroso ressaltou que é fundamental evitar que a análise do caso seja feita em 2026, ano de eleição presidencial. Em sua fala, o ministro destacou a necessidade de garantir o devido processo legal, colocando-o como prioridade em relação ao calendário eleitoral.

Recentemente, a Primeira Turma do STF aceitou parte da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e mais sete aliados, apontados como responsáveis por uma tentativa fracassada de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Após proferir uma aula magna na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Barroso foi questionado sobre a previsão para a conclusão do caso, destacando que a tramitação dependerá das provas requeridas pelas partes envolvidas.

Apesar de Bolsonaro estar inelegível desde 2023, ele anunciou sua intenção de concorrer nas próximas eleições presidenciais em 2026. A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, incluiu um total de 34 pessoas, apontando diversos crimes que podem resultar em penas que ultrapassam os 30 anos de prisão. O presidente do STF enfatizou a importância de aplicar penas de acordo com a legislação vigente, a fim de evitar a repetição de crimes similares no futuro.

Barroso ressaltou que a punição dos envolvidos nos episódios de tentativa de golpe de Estado é fundamental para preservar a democracia e o funcionamento institucional do país. Ele frisou que a não punição poderia encorajar ações semelhantes no futuro, representando uma ameaça à estabilidade democrática. Portanto, a realização do julgamento ainda neste ano é vista como uma medida essencial para garantir a justiça e fortalecer os pilares democráticos da nação.

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