Barroso, que assumiu o cargo em 2013 sob a presidência da ex-mandatária Dilma Rousseff, revelou que pretendia continuar no STF por aproximadamente 12 anos. No entanto, essa expectativa foi alterada, e ele decidiu que era o momento adequado para deixar a instituição. “Dois anos atrás, eu já havia mencionado ao presidente Lula essa minha intenção de me retirar do STF. Minha decisão não tem relação alguma com as questões envolvendo os Estados Unidos”, declarou.
O ministro destacou a necessidade de esclarecer os episódios que levaram à imposição das sanções, afirmando que foram baseadas em uma narrativa falsa. Barroso espera que a situação se resolva e expressou sua disposição em trabalhar para desmantelar essa narrativa prejudicial.
Em um toque humano à sua saída, Barroso comentou que havia tentado, sem sucesso, se encontrar com o presidente Lula um dia antes do anúncio oficial de sua aposentadoria para comunicar pessoalmente sua decisão. A reunião programada foi cancelada em função de questões políticas, impossibilitando o diálogo direto entre eles.
Participando de sua última sessão plenária no mesmo dia, Barroso compartilhou que continuará a exercer suas funções até a próxima semana, momento em que fornecerá seu desfecho a processos ainda sob sua responsabilidade.
Com a iminente saída de Barroso, cabe ao presidente Lula a responsabilidade de indicar um novo membro para o STF, processo que, tradicionalmente, requer a aprovação do Senado. Essa transição promete trazer novos desafios e expectativas para o futuro da Corte.
