No ofício enviado ao STF, o Banco Central esclareceu que a ordem de bloqueio emitida por Moraes foi comunicada a todas as instituições financeiras do país. Além das contas bancárias, a determinação abrange também congelamento de transferências realizadas via Pix, cartões de crédito, aplicações em fundos de investimento, previdência privada, cartas de consórcio, ouro e criptomoedas.
A prisão de Zambelli foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou que ela fugiu do Brasil para escapar da condenação. Em uma recente entrevista concedida a uma rádio interiorana de São Paulo, a deputada afirmou que sua saída do país tinha como propósito somente a realização de um tratamento de saúde e que planejava pedir licença do mandato.
Representantes de Zambelli informaram que a deputada desembarcou em Roma, na Itália, após uma breve passagem pelos Estados Unidos, onde espera permanecer devido à sua dupla cidadania. Com sua fuga, Alexandre de Moraes decidiu abrir um inquérito para investigar a deputada por crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação.
Moraes expressou a preocupação de que Zambelli poderia estar adotando um “modus operandi” semelhante ao do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos e também enfrenta um inquérito por supostamente incitar o governo norte-americano a tomar medidas contra autoridades brasileiras, incluindo Moraes.
Após a declaração de fuga, o advogado Daniel Bialski decidiu deixar a defesa de Zambelli, e a representação judicial da parlamentar passou a ser responsabilidade da Defensoria Pública da União (DPU). O desenrolar dos eventos levanta questões sobre a efervescente política brasileira e seus desdobramentos legais, especialmente em um momento delicado para a democracia no país.