JUSTIÇA – Atualização Operacional Permite Acesso à Rede Social X Mesmo Após Suspensão Judicial, Diz Associação de Provedores de Internet.

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) divulgou hoje uma importante atualização da situação envolvendo a suspensão da rede social X no Brasil. Segundo a Abrint, a atualização operacional realizada pela plataforma permitiu que usuários de internet voltem a acessar a rede social de forma direta, sem a necessidade de utilizar aplicativos de Virtual Private Network (VPN) para burlar a suspensão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Essa novidade nos bastidores chamou a atenção das autoridades, incluindo o Supremo e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que enxergam essa atualização como uma tentativa de burlar a suspensão imposta pelo tribunal. A Abrint explicou em nota à imprensa que a rede X alterou seu endereço eletrônico e passou a hospedá-lo nos servidores da Cloudflare, uma empresa especializada em segurança de sites.

Essa mudança na estrutura da plataforma, compartilhando IPs com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, dificulta o bloqueio específico da rede social. A Abrint ressaltou que está em uma posição delicada diante desse retorno dos acessos à plataforma e orientou as operadoras de banda larga a aguardarem instruções da Anatel para evitar bloqueios inadequados que possam prejudicar milhares de usuários e empresas.

Até o momento, a Justiça ainda não se pronunciou oficialmente sobre essa nova situação. Vale lembrar que a suspensão da rede social X foi determinada por Alexandre de Moraes após o descumprimento de uma ordem para indicar um representante legal no Brasil e pela recusa em retirar perfis de investigados pela Corte por publicações consideradas antidemocráticas.

Com o anúncio do fechamento da sede da empresa no Brasil por Elon Musk, dono da rede social, e a posterior liberação dos acessos à plataforma, o caso continua gerando repercussão e debates sobre liberdade de expressão, responsabilidade das plataformas e cumprimento das decisões judiciais. Ainda resta aguardar mais desdobramentos e posicionamentos oficiais sobre o assunto.

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