JUSTIÇA – “Atleta negro do Vasco da Gama é detido pela polícia sob acusação de furto injusta, clube aciona departamento jurídico”

Na última segunda-feira (15), um caso de injustiça e discriminação chocou a todos no Rio de Janeiro. Um adolescente negro de 14 anos, atleta da base de remo do Vasco da Gama, foi detido pela Polícia Militar sob acusação de furto de um telefone celular. O jovem voltava para sua casa, no Morro do Tuiutí, na zona norte, após um treino na Lagoa Rodrigo de Freitas, quando foi retirado do ônibus por policiais.

O Vasco da Gama emitiu um comunicado nas redes sociais afirmando que o atleta apresentou sua identificação e tentou explicar que era membro do clube, mas suas alegações foram desconsideradas. O clube classificou a prisão como injusta e informou que acionou seu departamento jurídico para buscar reparação para o ocorrido. A Defensoria Pública do Estado também está acompanhando o caso e providenciando assistência à família do atleta.

De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de furto na Avenida Presidente Vargas. Os suspeitos teriam sido identificados como estando a bordo de um ônibus da linha 472, que trafega entre a zona sul e a zona norte da cidade. Quatro menores foram abordados pela polícia, e dois aparelhos celulares foram encontrados com eles.

A Polícia Militar afirmou que os telefones foram devolvidos às vítimas, mas nenhuma delas reconheceu os adolescentes como os autores do furto. Eles foram conduzidos à delegacia, onde o caso foi registrado, e posteriormente foram liberados. A corporação informou que instaurou um procedimento para analisar a conduta dos policiais responsáveis pela detenção.

O Vasco da Gama e a família do atleta estão em busca de justiça e reparação para o caso. Enquanto isso, a indignação diante da discriminação e tratamento injusto do adolescente continua a gerar repercussão. Espera-se que as investigações sobre o ocorrido sejam conduzidas de forma transparente e que medidas sejam tomadas para evitar casos semelhantes no futuro.

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