Após meses de monitoramento por parte do Setor de Inteligência da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, Átila foi encontrado em um luxuoso apartamento na zona nobre de São Paulo. Investigações revelaram que ele mantinha vínculos com facções criminosas atuantes na região, envolvidas em uma gama diversificada de atividades ilegais, que vão desde o tráfico de drogas e armas até fraudes bancárias e roubos de cargas.
Para evitar a captura, Átila se utilizava de uma identidade falsa, possuindo um CPF ativo, uma carteira de motorista válida e até uma empresa registrada no Paraná. Ele não apenas se conectava a seus antigos comparsas do maior roubo a banco do país, mas também participava de redes criminosas interestaduais, mostrando a complexidade de suas operações.
A identificação do criminoso foi realizada por meio de técnicas avançadas, como análise biométrica e cruzamento de dados com informações de sistemas federais, além da validação por parte do Instituto de Identificação Félix Pacheco da Polícia Civil. Átila já havia enfrentado a justiça anteriormente, acumulando duas condenações no Rio de Janeiro por fraudes em caixas eletrônicos, além de um terceiro processo em andamento pelo mesmo crime.
Em São Paulo, sua ficha criminal é extensa, incluindo uma condenação de 32 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. Ele foi implicado em um esquema elaborado que envolvia o envio de malas com cocaína através do Aeroporto Internacional de Guarulhos, com destino à Europa. Os entorpecentes eram despachados por uma rede criminosa de funcionários corruptos e, uma vez em Lisboa, eram repassados a comparsas para revenda no mercado europeu, multiplicando significativamente o lucro da quadrilha.
A prisão de Átila não apenas representa um avanço nas investigações sobre o grande roubo de 2005, mas também evidencia os esforços contínuos das autoridades para desmantelar redes criminosas que atuam em diversas frentes no país.