JUSTIÇA – Associação dos Juízes Federais do Brasil defende revogação de decisão que afastou juíza Gabriela Hardt no comando da Lava Jato.



A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou-se favoravelmente à revogação da decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que determinou o afastamento da juíza federal Gabriela Hardt, sucessora de Sergio Moro no comando da Operação Lava Jato, juntamente com um juiz e dois desembargadores. Em comunicado à imprensa, a associação expressou sua surpresa com a decisão e ressaltou que somente o plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) teria competência para deliberar sobre o afastamento.

De acordo com a Ajufe, a questão estava agendada para ser discutida na sessão do dia seguinte, o que torna inadequada a decisão monocrática de Salomão. Além disso, a associação defendeu a integridade dos magistrados afetados, destacando que possuem uma reputação ilibada e uma longa trajetória de serviços exemplares à magistratura nacional, considerando injustificado o afastamento de suas funções jurisdicionais.

A base para o afastamento de Gabriela Hardt foi a alegação de irregularidades em decisões que envolveram repasses de valores provenientes de acordos da Lava Jato para um fundo administrado pela força-tarefa da operação. A suspeita é de que tais discussões possam ter ocorrido fora dos autos, através de mensagens no aplicativo WhatsApp. A decisão monocrática de Salomão provocou a suspensão dos repasses em 2019 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A juíza Gabriela Hardt optou por não se pronunciar sobre o afastamento, conforme informou a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba. A liminar que determinou o afastamento dos magistrados será submetida à apreciação do plenário do CNJ no dia seguinte, aguardando-se um desfecho para a situação.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo