JUSTIÇA – Assassinato de delator no Aeroporto de Guarulhos foi encomendado por membros do PCC, confirma DHPP em coletiva de imprensa.

O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi palco de um crime chocante nesta quinta-feira (16). O delator Vinícius Lopes Gritzbach foi brutalmente assassinado com tiros de fuzis, em um ataque encomendado por membros da organização criminosa PCC. A confirmação veio da diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP), a delegada Ivalda Aleixo, em uma coletiva de imprensa que reuniu diversos veículos de comunicação.

As investigações apontaram que um policial militar foi preso durante uma operação realizada pela Corregedoria da Polícia Militar, por suspeita de ser um dos responsáveis pelos disparos que vitimaram o delator. O secretário da Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, explicou que técnicas de investigação como quebra de sigilo telefônico e reconhecimento facial foram fundamentais para identificar e localizar o suspeito.

Além disso, a operação deflagrada pela Corregedoria resultou na prisão de um total de 15 policiais militares e na realização de sete mandados de busca e apreensão. De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), os militares investigados favoreciam membros do PCC, fornecendo proteção, evitando prisões e prejuízos financeiros aos criminosos. Inclusive, alguns eram responsáveis por garantir a segurança do próprio delator no dia do trágico assassinato.

Segundo o secretário Derrite, o inquérito policial militar revelou que os policiais envolvidos tinham conhecimento das atividades criminosas de Gritzbach, mesmo após a delação premiada feita ao Ministério Público. Foi determinada a prisão temporária do suspeito de ter realizado os disparos, com base no Código Penal Militar, devido à organização de militares com armamento para prática de violência.

A DHPP continua as investigações para identificar o mandante por trás do assassinato de Gritzbach. A delegada Ivalda Aleixo informou que existem duas linhas de investigação avançadas, apontando que o crime foi encomendado por um membro do PCC. O suspeito do crime já está sob custódia e aguarda novos desdobramentos das investigações.

O desenrolar dos fatos nesse caso trágico revela a complexidade das relações entre o crime organizado e agentes de segurança pública, gerando grande comoção e indignação na sociedade. A justiça está empenhada em esclarecer todos os detalhes desse crime hediondo e responsabilizar os envolvidos, garantindo a segurança e a integridade da população.

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