A investigação foi solicitada pelo promotor federal Eduardo Taiano, que busca esclarecer os detalhes que cercam a criação e o lançamento do token, bem como a possível participação de Milei e de outras pessoas envolvidas. O caso já atraiu mais de 120 queixas formais contra o presidente, destacando a gravidade das acusações.
Em um episódio que levantou ainda mais suspeitas, foi registrada a tentativa de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o que vem sendo chamado de “escândalo das criptomoedas”, mas essa proposta foi rejeitada no Senado por uma margem mínima de votos. Apesar da pressão política, o governo conseguiu evitar a aprovação da CPI, com críticos argumentando que isso evidencia uma tentativa de desviar o foco das investigações.
Os opositores políticos de Milei, principalmente de facções como a União pela Pátria e o Encontro Federal, estão impulsionando um processo de impeachment, alegando “mau desempenho e possíveis crimes” no exercício de suas funções como presidente. Esse movimento é respaldado por preocupações sobre a promoção de uma criptomoeda de alto risco, que ocasionou perdas para cerca de 40 mil investidores em um curto período, com a maior parte da oferta centralizada em apenas três carteiras digitais.
Além disso, um escritório de advocacia apresentou uma denúncia ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos por fraude internacional, indicando que a repercussão da situação transcende as fronteiras argentinas. As investigações se intensificam à medida que emergem novas informações sobre a trajetória da $LIBRA e os impactos financeiros negativos que resultaram da promoção feita pelo presidente Milei nas redes sociais, onde ele reconheceu um erro, mas quando já era tarde demais para os investidores.
A situação é um divisor de águas na política argentina, provocando um debate acirrado sobre a regulamentação das criptomoedas e o papel dos líderes políticos na promoção de investimentos financeiros arriscados, com muitos clamando por maior responsabilidade e transparência nas ações do governo. Enquanto isso, a figura de Milei, que se mostrara popular em sua campanha, agora enfrenta uma crescente onda de críticas e desconfiança pública.
