Os documentos enviados à PF revelam uma preocupação com a intenção por trás dessas mensagens, que, segundo o órgão, visam “gerar caos no Sistema Financeiro Nacional”. Um trecho da comunicação enfatiza que “observa-se uma ação articulada de disparo massivo de publicações que buscam aterrorizar a sociedade com a perspectiva iminente de um colapso no sistema”.
Adicionalmente, a AGU menciona publicações realizadas pelos deputados federais Gustavo Gayer e Eduardo Bolsonaro, que, segundo o documento, seriam responsáveis por estimular a retirada de recursos do Banco do Brasil. É uma manobra que, na visão da AGU, não só dissemina desinformação, mas também pode minar a estabilidade do sistema financeiro do país.
A base para a seara de desinformação é a controversa Lei Magnitsky, que foi recentemente utilizada pelos Estados Unidos para aplicar sanções financeiras ao ministro Alexandre de Moraes. Essa legislação permite a imposição de restrições severas a indivíduos acusados de violar direitos humanos, incluindo o congelamento de ativos e a proibição de transações com empresas americanas.
Reagindo a essa onda de fake news, o Banco do Brasil anunciou, na última sexta-feira, sua intenção de processar judicialmente os responsáveis pelos ataques nas redes sociais. Essas postagens infundem informações enganosas sobre supostas sanções e bloqueios de ativos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incentivando, inconsequentemente, a retirada de depósitos da instituição.
A AGU está aguardando um retorno da PF sobre as investigações e também tentou contato com os parlamentares mencionados para que possam se pronunciar sobre as alegações. A instituição reafirma seu compromisso em proteger o sistema financeiro e combater a disseminação de informações que possam gerar instabilidade no país.