JUSTIÇA – AGU recorre ao TRF1 para derrubar suspensão de resultados do Concurso Nacional Unificado, alegando prejuízos à Administração Pública e candidatos.

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), localizado em Brasília, para reverter a decisão que suspendeu a divulgação dos resultados das provas do bloco 4 do Concurso Nacional Unificado (CNU) que ocorreu em agosto deste ano em todo o país.

A decisão de suspender a divulgação dos resultados foi emitida pela 14ª Vara Cível do Distrito Federal no último dia 3 de agosto, em resposta a uma ação popular que questionava um possível vazamento das questões do bloco 4, que tratava de temas como Trabalho e Saúde do Trabalhador. A suspensão permanecerá em vigor até que haja um veredito definitivo sobre o assunto, e ainda não há uma data estipulada para o julgamento.

O suposto vazamento teria ocorrido em uma escola de ensino médio em Recife, onde os fiscais abriram erroneamente o pacote lacrado contendo as provas do período da tarde durante o turno da manhã. As provas foram distribuídas aos candidatos, que iniciaram a resolução das questões antes que o equívoco fosse percebido e as provas recolhidas pela Cesgranrio, banca organizadora do concurso.

No recurso apresentado pela AGU, destacou-se que a suspensão prejudica tanto a Administração Pública quanto os candidatos que realizaram o concurso. Alegou-se que o erro foi prontamente corrigido durante a realização do certame, garantindo a isonomia entre os participantes. Além disso, argumentou-se que a organização do concurso demandou um grande esforço logístico, financeiro e de segurança por parte do governo federal, o que seria inviabilizado caso houvesse a necessidade de repetir todo o processo.

Nesta terça-feira, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos divulgou as notas finais das provas objetivas e as notas preliminares das provas discursivas e de redação do CNU, com exceção do bloco 4 que está sob suspensão. A questão agora aguarda decisão do TRF1 para a continuidade do processo.

Sair da versão mobile